Juliana
Santos da Cruz, Carla Gaspar
Primavera e Thiago Rabelo
Pereira são os integrantes da
chapa Trabalho e Parceria,
e apresentam-se como opção para
a eleição ao Conselho
Deliberativo da FAPES, titular e
suplentes, respectivamente, com
o compromisso de restabelecer o
diálogo – melhor ferramenta de
gestão democrática – com todos
os atores que têm relacionamento
com a Fundação.
Nossa atuação será pautada pelo
diálogo como método visando o
aprimoramento da governança e da
gestão da FAPES. Entendemos ser
crucial avançar na política de
comunicação institucional da
Fundação, que pode e deve ser
aperfeiçoada, preferencialmente
de forma conjugada à ampliação
dos esforços de educação
previdenciária entre os
participantes. É possível e
desejável ampliar o grau de
transparência e de clareza na
comunicação da FAPES com seus
participantes, com ações
concretas visando, por exemplo,
remover obstáculos que hoje
limitam o espaço de diálogo e a
troca de informações a respeito
de temas apreciados pelo
Conselho, respeitados os devidos
limites legais. O grau de
transparência em relação ao
processo decisório e relativo à
situação e gestão financeira da
FAPES pode ser ampliado,
incluindo, por exemplo, a
desejável explicitação e
explicação, quando cabível, da
calibragem das hipóteses
atuariais subjacentes à apuração
dos principais números da
Fundação, assim como relativos à
sensibilidade de sua posição
financeira corrente e futura a
eventuais ajustes em tais
hipóteses, assim como suas
potenciais implicações
distributivas.
A abertura de informações por
ventura solicitadas pelos
participantes deve ser a regra
geral. Eventual limitação de
acesso deve ser a exceção,
sempre em base justificada.
Entendemos que a qualidade do
debate relativo aos temas
previdenciários no BNDES e na
própria FAPES pode responder
positivamente a esforços
adicionais visando prover mais
informações, mais formação e
análises mais qualificadas aos
participantes, de forma a
iluminar aspectos opacos e
eliminar incertezas que hoje
geram apreensão e ruído na Casa,
desde a difusão de uma melhor
compreensão sobre a real
situação financeira da Fundação,
sobre sua governança, quanto no
que se refere ao entendimento
franco de eventuais tensões
distributivas potencialmente
existentes entre diferentes
grupos de participantes. A
clareza na avaliação de tais
temas pode abrir caminho para
processo menos traumático de
equacionamento dos problemas
afeitos ao futuro da Fundação.
Estas questões referem-se tanto
a aspectos relativos à
sustentabilidade financeira do
Plano de Benefícios Definido, e
discussões relativas a eventuais
ajustes no Plano, quanto ao
processo interno de construção
de um entendimento comum, menos
opaco, sobre os potenciais
impactos distributivos
envolvidos nos distintos
caminhos possíveis para o
fortalecimento da situação
financeira objetivando a
sustentabilidade do Plano de
Benefícios. Reafirmamos o
compromisso com a busca de
critérios de ação alinhados ao
princípio da justiça
distributiva, que entendemos
dever orientar eventuais ações
em cenário de elaboração de um
plano de equacionamento do
déficit. Entendemos importante
ampliar a base de informações
provida, assim como engajar a
Fundação mais ativamente nos
esforços para melhorar a
formação oferecida aos
participantes em matéria
previdenciária. Tais iniciativas
podem contribuir para qualificar
o debate, reduzindo o grau de
ruído na discussão de temas que
muitas vezes mobilizam opiniões
apaixonadas, formadas com base
em informação incompleta.
Entendemos que o debate deve ser
conduzido sempre de forma serena
e respeitosa entre todos os
atores interessados e envolvidos
na definição dos rumos a serem
trilhados no enfrentamento dos
desafios concretamente postos
para a gestão da Fundação.
O cenário desenhado atualmente
sugere ser provável – na
ausência de eventos
supervenientes – que o Conselho
se depare com obrigação legal de
submeter um plano de
equacionamento do déficit. Tal
situação reforça a necessidade e
abre uma oportunidade para que
floresça uma discussão franca
sobre quais critérios
específicos devem ser aplicados
para distribuir ônus de ajuste
entre os participantes, no
detalhamento das ações a serem
tomadas respeitando-se principio
legal de que este ônus deverá
ser distribuído entre todos os
participantes, assistidos e
ativos. Entendemos que tal
processo de detalhamento das
ações deverá assentar-se em
critério de justiça
distributiva, demandando
compreensão mais clara dos
fatores geradores do déficit e
sua relação com a gestão dos
diversos temas afeitos ao Plano
de Benefícios. Entendemos ser
necessário perseguir a
construção de tal entendimento
pelo diálogo, crendo na
possibilidade de construir
visões, senão uniformes, ao
menos apoiadas em base de
informação e de entendimento
comum sobre a situação da
Fundação.
A defesa da ampliação dos
esforços de educação
previdenciária, tanto para
ativos quanto para assistidos, a
busca por maior transparência e
a reafirmação dos valores de
equidade e justiça distributiva
como princípios norteadores do
equacionamento dos problemas
atuais e futuros da Fundação
constituem o cerne do
compromisso assumido pela chapa
Trabalho e Parceria na
busca da sustentabilidade
financeira e no aprimoramento da
governança e das políticas de
investimentos e de gestão de
riscos. |