Este
ano as eleições para os
colegiados da FAPES (Conselho
Deliberativo e Fiscal) são
especialmente importantes. Os
eleitos, conforme informado pela
FAPES em comunicado de
13/02/2015, participarão da
elaboração de um plano de
equacionamento do déficit (que
encerrou 2014 em nível superior
a 10%), além de enfrentar as
questões, cada vez mais
presentes, sobre a
sustentabilidade financeira do
PBB e pontos associados à falta
de transparência.
A decisão para concorrer ao
Conselho Deliberativo (CD) da
FAPES passou por uma série de
conversas e consultas que levou
à formação de nossa chapa.
Nessas conversas, diversas
questões e incômodos foram
levantados e entendemos que
temos muito a contribuir para
melhoria de nosso Plano de
Previdência.
A própria composição da chapa já
procura endereçar um destes
incômodos: a busca por uma maior
representatividade de todos os
participantes do Plano no CD.
Conforme pode ser observa-do, as
gerações mais novas não se
encontram representadas no CD.
Embora todos tenham como
objetivo comum a busca pela
sustentabilidade do Plano no
longo prazo, entendemos que uma
composição mais heterogênea, na
qual todos os participantes se
vejam representados no Conselho,
seria extremamente positiva, uma
vez que ampliaria o espectro das
discussões, trazendo diferentes
pontos de vista que seguramente
enriqueceriam as tomadas de
decisões.
Em adição, o lançamento de nossa
candidatura é um movimento
natural diante do histórico de
participação na luta por
melhorias e diminuição de
desigualdades dentro dos Planos
de Cargos e Salários, do
conhecimento técnico e do
interesse pelo tema Previdência
dos membros da nossa chapa.
Nosso principal compromisso é
questionar, por meio de uma
atuação participativa no
Conselho Deliberativo, antigos
dogmas, em especial: a
adequabilidade do custeio do
Plano (que deve ter a mesma
metodologia para todos os
participantes), a
sustentabilidade de longo prazo
e a estrutura de governança.
No nosso entendimento, a
comunicação da FAPES com seus
participantes é deficiente, em
grande parte, por conta da
dificuldade de enfrentar estes
dogmas de forma clara e
transparente.
A melhoria da Governança
e gestão do nosso Fundo de
Pensão visa garantir a
preservação do nosso patrimônio
no longo prazo com a
Transparência e diálogo
necessários para permitir
acompanhamento e avaliação por
parte dos participantes.
A chapa Governança e
Transparência tem como
principais pilares:
1.
Compromisso com a
manutenção do equilíbrio
intertemporal do patrimônio
da Fundação, assegurando que
medidas administrativas, seja
por parte da direção da
Fundação, seja por parte dos
patrocinadores, considerem o
equilíbrio atuarial de longo
prazo;
2. Política de investimentos
segura e transparente,
com a utilização de métodos e
ferramentas modernas de análise
de alternativas de investimento
e a ampla divulgação de
informações a respeito das
aplicações financeiras e gestão
de ativos; e
3. Governança baseada nas
melhores práticas, conciliando
os legítimos interesses dos
diversos stakeholders.
Ativos, assistidos e
patrocinadores devem colaborar
com os membros dos Conselhos
Deliberativo e Fiscal, bem como
com a Diretoria Executiva, para
assegurar a defesa, a
modernização e o fortalecimento
da FAPES.
A função primordial dos
conselheiros é acompanhar de
forma permanente a gestão da
FAPES e as decisões da sua
Diretoria, orientando e
supervisionando com rigor
técnico e independência
política, de modo a assegurar o
estrito cumprimento das normas e
revisão daquelas que se mostrem
defasadas, no melhor interesse
dos participantes.
Nesse sentido, buscaremos
propostas que atendam às
demandas dos seus representados
e, simultaneamente, seremos
vigilantes na avaliação da
conduta dos dirigentes da
Fundação e do desempenho do seu
quadro de funcionários.
Para exercer plenamente a função
de representante dos
participantes ativos e
assistidos no Conselho, é
imprescindível, para
Governança e Transparência,
que sejam fortalecidos e
ampliados os canais de
comunicação entre os Conselhos,
a Diretoria e os participantes.
A legitimidade da
representação depende,
sobretudo, da informação clara e
acessível, que aproxima
representados e representantes.
Apoiamos antigos anseios dos
participantes, ainda não
atendidos, especialmente:
– Tratamento isonômico dos
participantes, em especial no
que tange à Resolução nº 26/2011
(nova metodologia de joia);
– Melhoria da eficiência no
atendimento médico-assistencial,
buscando solução justa e
eficiente para os dependentes
que deixam de contar com o FAMS;
– Revisão dos custos dos
financiamentos e empréstimos,
tornando-os mais compatíveis com
a nova realidade da economia
brasileira e com a oferta dos
produtos de outras instituições
semelhantes;
– Debate amplo sobre o custo de
carregamento do PBB;
– Maior transparência na
comunicação externa da FAPES,
com vistas ao melhor
acompanhamento e controle pelos
participantes sobre a situação
econômico-financeira da
Fundação.
Por se tratar de um momento
especial em que diversos
desafios se apresentam (déficit
recorrente e crescente,
tratamento diferenciado entre
participantes, necessidade de
equacionamento do déficit), o
acompanhamento das deliberações
nos colegiados da FAPES deverá
ser reforçado e os conselheiros
devem estar cientes da grande
responsabilidade que guardam
perante participantes e
patrocinador. Por isso contamos
com o papel mobilizador da
AFBNDES e de seus associados
para que as decisões sejam
participativas e atendam aos
anseios de isonomia entre os
participantes.
Pela sustentabilidade da FAPES
no longo prazo; para que
oportunidades não passem,
burocraticamente, despercebidas;
pela preservação da qualidade de
vida presente e futura dos
participantes e funcionários:
Governança e Transparência.
Mãos à obra! |