Em conversa com o
superintendente da
APEC,
nos foi garantido
que a volta do uso
de alguns andares do
Edserj,
anunciada em
comunicado pela
administração
do Banco,
é, realmente,
estritamente
voluntária e se
deveu a pedidos de
empregados que por
diversas razões
encontram
dificuldade
para
trabalhar em casa.
Mas é
importante monitorar
o tema por várias
razões.
Não é o momento de
relaxar as medidas
de isolamento
social. Uma segunda
onda do
coronavírus
já atingiu a Europa
e por aqui já temos
notícia de lotação
de leitos voltados
para o tratamento da
Covid-19
nos principais
hospitais
do país.
A FAPES informa que
chegamos ao nível
máximo de
beneficiários
internados.
Parece-nos que
qualquer discussão
de volta ao trabalho
presencial deveria
comparar os riscos
do retorno com
ganhos
eventuais de
produtividade.
Qualquer análise
nessa direção aponta
para um horizonte
ainda muito futuro
de retomada
do trabalho
presencial.
Os
riscos estão
presentes e
aumentando,
e
não há evidência de
perda de
produtividade com o
trabalho em casa.
Pelo contrário, a
própria diretoria já
apontou os ganhos
de produtividade que
foram alcançados com
o trabalho remoto.
Ter claro esse
esquema de decisão
–
as duas variáveis
que precisam ser
comparadas para que
uma decisão seja
tomada
–
pode funcionar como
proteção também
contra orientações
negacionistas vindas
de Brasília. Só os
mais desinformados
podem mostrar
surpresa com essa
afirmação.
Só esses podem
alegar desconhecer
as várias
sinalizações contra
o uso de máscara, de
subestimação do
impacto da doença
etc.
que são
constantemente
reafirmados pelo
presidente da
República
(que acrescentou
recentemente à sua
longa lista de
comentários
desastrosos,
vergonhosos, sobre a
pandemia, a de que
uma segunda onda da
doença seria
“conversinha”)
e outros
representantes
importantes do
governo.
Vale registrar que a
própria diretoria do
BNDES deu um exemplo
não muito feliz de
prevenção à Covid-19
ao posar para uma
foto com o
presidente do STF:
todos sem máscara!
Como o
VÍNCULO
há muito destaca,
entre as marcas do
atual governo está a
declarada opção pelo
obscurantismo. Os
empregados do Banco
são técnicos,
treinados pelas
melhores
universidades do
país,
e
estão tão
comprometidos com o
conhecimento
científico
quanto
com o procedimento
democrático de
resolução de
conflitos.
Pretendemos
expressar, sem
concessões, nas
páginas
do nosso semanário,
esse compromisso que
está ligado tão
essencialmente à
grande maioria
dos colegas
benedenses.
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