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Saúde e política
industrial em debate
Evento promovido
pela AFBNDES na
próxima quinta-feira
(26), pela manhã,
faz parte do Ciclo
BNDES Pensando o
Desenvolvimento |
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Pedro Palmeira, Reinaldo
Guimarães e David Kupfer |
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O
seminário promovido
pela AFBNDES no dia
26 de março, no
Auditório do 8º
andar do Edifício
Ventura Oeste, das
10 às 13h, no âmbito
do Ciclo BNDES
Pensando o
Desenvolvimento,
terá como tema a
"Política Industrial
na Saúde e a
Construção do Setor
de Biotecnologia
Moderna no Brasil".
Para falar a
respeito foram
convidados Pedro
Palmeira, chefe
do Departamento de
Produtos para a
Saúde da Área
Industrial do BNDES
(Defarma),
Reinaldo Guimarães,
2º vice-presidente
da Associação
Brasileira de
Química Fina,
Biotecnologia e suas
Especialidades (Abifina)
e David Kupfer,
assessor da
Presidência do
BNDES.
A história que será
contada no seminário
tem como mote a
construção do setor
de biotecnologia
moderna no Brasil. O
amadurecimento
necessário para
viabilizar a
política de estímulo
à biotecnologia
moderna representou
a convergência de
duas frentes de
atuação
governamentais
voltadas ao
desenvolvimento da
indústria de saúde
no Brasil. Uma delas
é o BNDES, por meio
do Defarma, cuja
principal expressão
está materializada
na criação do
Profarma em 2004. E
a segunda é o
Ministério da Saúde
(MS) que,
principalmente a
partir de 2007,
empreendeu uma
revisão conceitual
das relações entre
saúde e
desenvolvimento, que
tem entre suas
principais
ferramentas a
constituição das
parcerias para o
desenvolvimento e
produção no país de
medicamentos, entre
eles os
biotecnológicos, e
outros produtos
industriais de saúde
– as PDP.
Pedro Palmeira
é engenheiro
químico, tem
mestrado em
Administração e
doutorado em Gestão
e Inovação
Tecnológica.
Previamente ao seu
ingresso no Banco em
1998 fez carreira no
setor privado, na
indústria
químico-farmacêutica.
Desde 2003 vem
coordenando as ações
do BNDES junto ao
Complexo Industrial
da Saúde, como chefe
do Defarma. Com uma
visão de
desenvolvimento
baseada na ideia de
trajetória, acúmulo
de competências e
aprendizado
tecnológico, de
corte
neoschumpeteriano, o
Defarma tem a missão
de formular e
executar a
estratégia do Banco
para o setor,
buscando contribuir
para o
direcionamento da
indústria aos
objetivos da
política pública, ou
seja, desenvolver
uma base industrial
em saúde e um
sistema de inovação
articulado com as
necessidades do
sistema de saúde do
país, em especial o
sistema público
(SUS).
O Profarma, programa
do BNDES de apoio ao
Complexo Industrial
da Saúde, teve em
sua origem o
objetivo de apoiar
um ciclo de
investimento na
indústria
farmacêutica
brasileira, com
condições
financeiras
favoráveis, voltados
à adequação das
plantas industriais
brasileiras ao novo
arcabouço
regulatório
brasileiro e às
novas exigências da
Anvisa para o
registro de produtos
farmacêuticos. As
circunstâncias
envolvidas na
criação do Profarma
– em um ambiente
institucional pós-abertura
comercial, de adesão
ao Acordo TRIPS,
mudança da lei de
propriedade
intelectual,
implementação da Lei
de Genéricos e
criação da Anvisa –
estavam imbuídas da
lógica de
fortalecimento das
empresas nacionais,
que foram afetadas
desfavoravelmente
por todas essas
mudanças
institucionais.
Profarma:
política bem
sucedida
Após completar 10
anos, em 2014, o
Profarma pode ser
considerado um
programa bem
sucedido e existem
duas principais
evidências que
demonstram o sucesso
da política. A
primeira evidência é
o fato de que nesse
período o número de
farmacêuticas
nacionais dentre as
10 maiores do
mercado brasileiro
passou de um para
cinco, e a
participação das
empresas nacionais
no mercado
farmacêutico
brasileiro (em
quantidade) passou
de 37,5% para 63,2%.
A segunda evidência
está no fato de que
a proporção dos
gastos internos em
Pesquisa e
Desenvolvimento
(P&D) das
farmacêuticas
nacionais em relação
a sua receita
operacional líquida
cresceu no período
de 0,5% para 2,4%,
passando a um
patamar acima da
média da indústria
de transformação
brasileira (PINTEC/IBGE,
2012). A economista
Alice Amsden
enfatiza a
importância das
empresas de capital
nacional para a
efetividade do
processo de
desenvolvimento
econômico e dentre
seus principais
argumentos está a
evidência de que as
empresas
multinacionais, em
geral, mantêm suas
atividades
consideradas
estratégicas (business
core) –
no caso da indústria
farmacêutica, P&D e
marketing – em suas
matrizes.
Após passar por um
forte ciclo de
crescimento,
considerado a "era
de ouro" da
indústria
farmacêutica
nacional, as
empresas se
capitalizaram sobre
o faturamento de
produtos genéricos e
similares e,
atualmente,
vislumbram avançar
em uma estratégia de
inovação, o que pode
ser evidenciado pelo
aumento dos gastos
de P&D do setor.
Embora muito aquém
do necessário, os
dados mostram que
está ocorrendo um
avanço. A
biotecnologia
moderna no Brasil
está sendo erguida
com capital privado
das farmacêuticas
nacionais que se
fortaleceram como
grandes empresas
nesse período e é
apoiada em forte
articulação de
políticas públicas.
Segundo estimativas
do Ministério da
Saúde (MS), os
produtos
biotecnológicos
representam cerca de
3% da quantidade de
medicamentos
adquiridos
anualmente pelo SUS,
porém, em valor sua
participação chega a
40%. O desenho da
arquitetura das
políticas públicas e
as mudanças
normativas
necessárias que
estão permitindo a
construção do setor
de biotecnologia
moderna ocorreram,
principalmente, na
gestão do
palestrante
convidado
Reinaldo Guimarães,
enquanto secretário
de Ciência,
Tecnologia e Insumos
Estratégicos do
Ministério da Saúde
(SCTIE/MS) no
segundo governo Lula
(2007-2010).
Reinaldo Guimarães
é médico
sanitarista, foi
professor da escola
de Medicina Social
da UERJ e possui
longa trajetória
profissional na área
de saúde no Brasil,
tendo atuado no
planejamento e
gestão de políticas
de saúde e em
políticas de ciência
e tecnologia em
diversas
instituições como
Finep, Fiocruz,
CNPq, Capes, Faperj
e, mais
recentemente, à
frente da SCTIE/MS.
As PDP correspondem
a um modelo cujo
objetivo é
instrumentalizar e
viabilizar a
política industrial
e, particularmente,
está permitindo o
desenvolvimento do
setor de
biotecnologia
moderna. As PDP
podem ter distintos
arranjos, mas que
envolvem
necessariamente a
articulação entre o
setor público e o
privado com
participação, de
forma diferenciada,
dependendo do
arranjo específico,
de produtores
oficiais,
farmacêuticas e/ou
farmoquímicas
privadas de capital
nacional e
multinacionais. A
política tem outros
componentes
igualmente
relevantes, como as
compras
governamentais e a
definição e
publicidade dos
produtos
estratégicos para o
SUS (lista de
produtos
estratégicos). Do
ponto de vista do
MS, a finalidade
desta política está
em ser um
instrumento de
sustentabilidade e
fortalecimento do
SUS, na medida em
que o
desenvolvimento de
uma base industrial
em saúde interna
aumenta a segurança
sanitária do país.
Terceiro convidado,
o professor David
Kupfer, do
Instituto de
Economia da UFRJ,
especialista em
economia e política
industrial, e
atualmente assessor
da Presidência do
BNDES, fará o papel
de comentador das
apresentações. Sua
análise buscará, ao
mesmo tempo,
examinar
criticamente a
política industrial
adotada no setor e
apontar quais são as
eventuais lições que
podem ser replicadas
em outros setores.
Cada apresentação
terá duração de 30
minutos e ao final
será aberta sessão
de perguntas do
público.
_______________________
(*) Texto
produzido pela
Comissão Técnica
responsável pela
organização dos
seminários do Ciclo
BNDES Pensando o
Desenvolvimento.
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VERSÃO IMPRESSA |
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(arquivo em PDF) |
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AGENDA |
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AF emite
novas carteiras sociais |
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A AFBNDES permanece
confeccionando, na Sede
Administrativa, novas
carteiras para os
associados. O novo documento
tem foto, que também pode
ser tirada no Clube da
Barra. A entrega da carteira
social ocorre no mezanino do
Edserj. |
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