Esta semana
começa a
negociação do
Acordo Coletivo
de Trabalho de
2020. A proposta
dos empregados é
simples:
queremos a
manutenção do
Acordo atual e a
cláusula
econômica que
resultar da
negociação dos
bancários na
Mesa Fenaban. A
primeira demanda
dispensa
justificativa.
Difícil será
explicar
qualquer
tentativa de
revisão do ACT
de 2018 – em tão
pouco tempo e,
necessariamente,
com tão pouco
espaço para
discussão.
A segunda
reivindicação
simplesmente
estabelece o que
tem sido,
historicamente,
a prática das
nossas
negociações: a
manutenção do
salário relativo
dos empregados
do Sistema
BNDES.
Os empregados
solicitam a
manutenção do
status quo.
A administração
do Banco não se
preparou e nem
preparou a Casa
para propor algo
diferente disso.
Há varias razões
para tal e a
situação
nacional pede
concentração em
outras áreas. É
por esse
entendimento que
evitamos trazer
novas demandas,
como normalmente
é feito, para a
negociação.
Tudo isso parece
óbvio e não
teríamos razão
para nos
preocupar com o
resultado da
negociação – não
fossem duas
circunstâncias:
a interferência
constante na
administração do
BNDES dos
“homens do
presidente” e a
total
inexperiência de
uma área de
recursos humanos
que foi
completamente
reestruturada em
seus quadros sem
que qualquer
justificativa
fosse dada a
respeito.
Assim como
erraram ao não
mencionar a
assinatura do
Pré-Acordo na
Negociação de
2018 – quando a
compararam com o
calendário de
2020 em
comunicado da
diretoria do
Banco –, podem
sofrer também
por não
entenderem a
natureza das
demandas por
“normalização”
vindas da Sest –
Secretaria de
Coordenação e
Governança das
Empresas
Estatais.
O BNDES é uma
instituição
diferente,
possui um grau
de homogeneidade
grande entre
seus empregados.
É uma construção
institucional
vitoriosa, seja
pelas
capacitações que
reúne, seja pela
cultura de
honestidade e
independência
que precisa
estimular. Quem
entende o BNDES
sabe explicar
isso para
Brasília. Sobram
elementos para
serem usados em
defesa do nosso
arranjo atual de
incentivos.
Possuímos uma
estrutura de
governança
bem-sucedida,
que até agora se
mostrou
resiliente às
tentativas de
desvio de
finalidade na
instituição – e
isso deveria ser
exaltado.
Não obstante
tais
considerações,
seria
precipitado
subestimar a
capacidade dos
colegas que
assumiram a área
de recursos
humanos e
injusto assumir
que os
executivos da
Casa vão
permitir a
interferência
indevida de
assessores
externos na
negociação de
algo tão
importante
quanto o ACT.
A contribuição
que nós – o
conjunto dos
trabalhadores do
BNDES – podemos
dar para que a
razoabilidade
predomine nesse
debate depende
vitalmente de
uma condição:
confiança na
liderança das
nossas
Associações.
A diretoria da
AFBNDES deu
provas, nos
últimos quatros
anos, de seu
total
compromisso com
o BNDES e seus
empregados.
Precisamos mais
do que nunca
desse voto de
confiança para
que continuemos
a agir como um
único bloco de
pessoas
determinadas.
Agem contra o
interesse dos
trabalhadores do
BNDES os que
semeiam tolas
desconfianças
entre nós.
Precisamos do
apoio de toda a
comunidade
benedense:
ativos e
aposentados, NM
e NU, PUCS e
PECS,
“porta-joias” e
anistiados.
Quem quiser
propor a fuga ao
óbvio, ao
razoável,
apelará à
desconfiança, à
desunião.
Apelará,
eventualmente, à
consciência
social dos
empregados do
Sistema BNDES. É
preciso lembrar
que o que está
em jogo numa
negociação
salarial no
Banco não é a
distribuição de
renda no Brasil.
O discurso de
austeridade que
tentam nos impor
é, em última
instância, o
mesmo que quer
diminuir o papel
do Banco e até
mesmo acabar com
ele. Devemos
combater essa
ideia perigosa
em todos os
níveis.
Enfraquecer
nossa carreira
congelando
nossos salários
faz parte também
do
“sucateamento”
da instituição.
E a perda de
direitos, como
nossa cláusula
de estabilidade,
apenas
contribuirá para
a piora (ainda
maior) do clima
de insegurança
na Casa.
Este ano nosso
desafio será
encontrar formas
de mobilização
em regime de
teletrabalho
(temos algumas
ideias que em
breve
discutiremos,
mas se você
tiver alguma
proposta nos
encaminhe).
Precisamos
demonstrar de
forma inequívoca
o que a quase
totalidade dos
empregados do
Sistema BNDES
defende: a
justeza da Pauta
de
Reivindicações
encaminhada à
administração do
Banco.
E faremos isto.